O Advogado serve para te tranquilizar

Mais um papo muito buscado por todos e vou começar dizendo que é importante estar com a mente aberta a mudar a sua visão sobre a minha profissão e eu vou explicar isso agora.

Todos sabem que advogado normalmente gosta muito de falar, conversar, certo? Pois é advogado mudo é raro, tendo sido dito isso, vou compartilhar que, com frequência, ouço as pessoas ao me relatar um caso fazem referência crítica a situação que está desigual, ou seja, uma pessoa está sofrendo e outra fazendo sofrer em um processo.

E eis que ao se referir ao advogado da pessoa que está fazendo sofrer, a grande maioria diz algo do gênero: “e oh, o advogado é fera, é cascudo” e é aqui que quero propor a seguinte reflexão:

O que é advogado fera para você?

Porque em sua massa há uma crítica negativa às situações onde um se beneficia prejudicando o outro, ou seja, as pessoas demonstram inconformidade com o sofrimento alheio naquele cenário, se mostram compadecidas da situação.

No entanto, essas mesmas pessoas identificam esse advogado, facilitador do sofrimento alheio como sendo o “must have”, entendem como os dois posicionamentos são incongruentes?

Quero te ajudar a pensar sobre isso, então vamos avaliar essa situação que é muito importante.

Se você acha o advogado que faz da ação judicial um inferno, ajuda o cliente a esconder dinheiro, deixa o outro sem ter o que comer em um processo de divórcio, é o fera, logo você deveria estar aplaudindo o sucesso desse profissional e não criticando, entende?

Agora, se você se revolta ao ouvir uma história como essa, o pensamento congruente é de questionar a existência de profissionais que não sirvam a esse tipo de função, ou seja, aqueles que trazem harmonia para as relações que cuidam.

Porque deixa te contar uma coisa, advogado é pra te trazer paz, te facilitar a tranquilidade, dormir todos os dias sem a preocupação de como vai resolver x, w, ou z que são questões jurídicas e te digo mais, essa é a orientação da nossa legislação profissional, quer ver?

Diz lá no artigo 2º, parágrafo único, inciso VI do nosso Código de Ética: “estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios;”.

Isso significa que nosso papel é muito mais que só entrar com processo e brigar, é mais que só escrever ações, falar com todos os cargos do funcionalismo que o seu caso precisar, é mais que só cumprir tarefas técnicas como revisar escrituras e analisar certidões.

Nosso trabalho é sermos verdadeiros médicos sociais, cuidamos de sua saúde social, para que a sua saúde física não sofra.

E, para isso devemos ter um olhar humano, é papel do advogado olhar e entender as duas pontas da mesa para saber como melhor proceder uma negociação onde todos possam ser beneficiados.

E tem mais, não estamos subjugados à vontade de nossos clientes, ou seja, pelo bem estar social, podemos e devemos instruir as pessoas sobre os limites de seus direitos.

E agora, o advogado fera é aquele que é instrumento para o inferno e sofrimento?

Avalie para você o que é melhor e saiba que existem profissionais para todos os gostos, não gostou então está na hora de rodar a catraca e dizer: próximo.

Principalmente na minha área de família e sucessões, ou seja, divórcio e inventário, neste quadrante o buraco é mais embaixo as sequelas do sofrimento processual podem formar cicatrizes muito profundas, não é uma área para principiantes e desavisados, até porque aqui para criar o inferno não custa e nem precisa ser um super advogado para conseguir.

Bem ao contrário, os desavisados tem uma tendência a funcionar muito mal na minha área, atrasar a vida de todos, falar e fazer muita besteira e que custam tempo, dinheiro e emoções dos clientes.

Por isso, escolha muito bem quem está ao seu lado, consulte os advogados atualizados e especializados para analisar se é aquele profissional que você deseja.

E não esqueça de avaliar a proposta deste post: quem vai te trazer tranquilidade está alinhado ou não com o seu pensamento de quem é ou não fera.

Até o próximo post, vou continuar trazendo reflexões e casos reais, sem identificação direta para proteger os dados dos meus clientes. Sinta-se bem vinda para comentar.

Yours Truly, Carla