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Divórcio Rápido

  • Foto do escritor: Carla Paixão
    Carla Paixão
  • 13 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 21 de dez. de 2024

Vou começar reconhecendo óbvio, qualquer casal que decidiu pôr um fim a uma relação, sendo ou não casamento, desejou que esse término fosse rápido e indolor, certo?


Ok, só que quando se trata de divórcio, o buraco é mais embaixo e é justamente por saber muito bem disso que vou te contar as armadilhas dessa rapidez frequentemente mal calculada.


A primeira armadilha é fazer uma má contratação de advogado, acreditando na ideia de que é só um divorciozinho, que vocês já decidiram tudo e que a contratação é uma simples burocracia.


A segunda, é acreditar que tudo que vocês decidiram entre vocês é viável juridicamente e, mais, que vale para todas as relações dentro e fora do casamento que está sendo dissolvido pelo divórcio e é aqui que o problema começa a ficar mais forte.


Porque se você fizer uma má contratação inicial, o segundo advogado não vai conseguir fazer milagres, tenha muita atenção nisso.


Importante entender que existem acordos realizados que uma vez assinados não podem ser corrigidos, não tem como voltar atrás! 


O caso mais frequente é o da má distribuição de bens imóveis e transações de valores entre o ex-casal, incluindo alimentos e indenização, até mesmo pela errada interpretação dos regimes de casamento.


Essa é a terceira armadilha, decidir por dividir o que não era para ser dividido, sem saber direito o que estava fazendo, isso não vai poder ser corrigido no futuro e tentar fazer isso só vai gerar desgaste emocional e gastos de dinheiro em vão.


Sem contar que alimentos e indenização quando não ajustados no momento do divórcio, dificilmente serão alterados durante ou após o divórcio, mesmo em se tratando de acordo, o que é um dado que deve ser considerado mais atentamente.


A quarta armadilha é manter relação de dependência prática cotidiana, o maior exemplo está na divisão de convivência com os filhos e de seus alimentos, ou no entendimento de como essas duas esferas acontecem de verdade na vida real.


O casal que tiver filhos, terá que manter um convívio e para que isso seja sustentável é necessário uma orientação muito bem formulada, baseada na estrutura exata da dinâmica daquela família e suas particularidades.


O ideal é garantir uma distribuição de tarefas de modo harmônico para que os filhos sintam o menos possível o impacto da separação familiar-domiciliar.


E aqui tenho que te alertar para importância de escolher um especialista dedicado a cuidar com a atenção e dedicação que essa esfera requer, porque é essencial ter um profissional a altura do desafio de não só te divorciar e cumprir critérios técnicos legais, mas que seja um humano capaz de entender e te orientar sobre como essas mudanças vão impactar o dia a dia da sua família de uma maneira que gere menos estresse para todos. 


A quinta armadilha é não saber as anteriores e acabar por passar muito tempo discutindo questões que já poderiam ter sido resolvidas uma a uma devagar, ou até mesmo atrasar o processo ao tentar transformar picuinhas conjugais em questões jurídicas.


É necessário durante um processo de divórcio que haja uma empatia prática, uma boa negociação realizada por um advogado atualizado e especializado que possa te garantir uma rapidez sustentável e uma boa economia no bolso.


É essencial seguir um passo a passo saudável para que a família se adeque a sua nova realidade de forma prática e segura no seu tempo, respeitando suas peculiaridades e tendo uma visão clara sobre o seu próprio caso na prática da sua vida.


Por isso, mais uma vez digo para não cultivar dúvidas, busque um profissional que atenda suas vontades, sem comprometer a eficiência do acordo que você deseja.


Essas foram pontuações rápidas para introduzir um tema sensível e muito buscado, ao longo dos próximos posts deste blog vou aprofundar sobre cada uma dessas armadilhas e estratégias para lidar com cada uma ao longo de um processo de divórcio.


Vou trazer casos práticos e questões enfrentadas por clientes reais que poderiam ter sido evitadas, mas não foram com o objetivo de que você não caia na mesma armadilha que elas, até o próximo post.




 
 
 

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© 2024. Orgulhosamente criado

por Paixão Indalencio Advocacia. 

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