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A Pensão Alimentícia

  • Foto do escritor: Carla Paixão
    Carla Paixão
  • 5 de fev.
  • 4 min de leitura

A pensão é um marco, um marco de reconhecimento da necessidade de auxílio no desenvolvimento de qualquer ser humano.


Tendo sido dito isso, quero convidar você que está lendo essas linhas do outro lado da tela a entender que todos nós precisamos de colaboração, de ajuda, principalmente em momentos mais frágeis da nossa existência.


Parece óbvio, né?


Algo que parece sequer ter que ser uma questão de tão natural, certo?


Então, porque vários casais ao longo de seus processos de divórcios, mesmo que sejam amistosos e consensuais, às vezes derrapam nesse quesito e discutem sobre isso de modo a até mesmo, colocar tudo a perder?


Vamos estruturar um raciocínio, levando em conta que você está no processo de divórcio, isso significa dizer que até pouco tempo você e sua outra pessoa, viviam normalmente sob o mesmo teto com seus filhos, certo?


Uma breve pausa para te dizer, cara leitora, que esse post é sobre alimentos para os filhos, sim, existem outros tipos que podem ser discutidos em divórcio e eu espero sinceramente que você faça isso desde logo, ou seja, desde o início do divórcio para que as expectativas estejam alinhadas, ok?


Porém, contudo, entretanto, todavia, nestas linhas, vamos voltar ao dia a dia com os filhos, sabendo o que precisam, o que fazem ao longo dos seus dias, o que comem, quando dormem e tudo mais que se destina às necessidades dos seus filhos e, mais, o quanto tudo isso custa.


Pois bem, você sabe, então concordamos que por essa primeira identificação já solucionamos muitos atritos? Certo?


Ok, seguindo e é aqui na segunda identificação que vou pedir atenção plena de vocês, a questão não é exatamente você saber o custo de toda atividade de vida do seu filho, o motivo que realmente leva casais a discutirem sobre o óbvio já mencionado, não tem nada haver com os alimentos, tem haver com o estilo de vida que essa família se acostumou a ter.


Isso mesmo, já ouviu a frase que, uma vez que você se senta num carro novo, você não quer voltar para o seu velho? 


Essa percepção fez de Joe Girard o maior vendedor de carros do mundo, isso vale aqui também, quando um casal experimenta juntar forças econômicas, ou seja, seus salários, seus faturamentos, suas fontes de renda para usufruir de um certo estilo de vida, você não vai querer voltar casas, isso vale no jogo da vida e vale aqui também.


Só que a verdade é que esse é um debate que não é da criança, vocês entendem? 


Simplesmente não é. A verdade é que muitas reestruturações familiares, durante e pós divórcio são mais difíceis para um do casal do que para o outro e já falei sobre isso em outro post.


Só que negar a realidade de ter que mudar de padrão social e estilo de vida não vai te ajudar a se adequar mais rapidamente, eu não posso passar a mão na sua cabeça e dizer: “tudo bem”, tudo bem você querer pagar menos alimentos para manter o seu padrão de vida.


Porque não está tudo bem.


É essencial que você tenha suas prioridades muito bem alinhadas, talvez você precise sim repensar o seu estilo de vida, talvez você precise ajustar com sua ex-pessoa uma nova realidade de acesso para os filhos, alterando também esses custos para que haja paz e harmonia entre todos os envolvidos. 


Aqui, reforço que você precisa escolher muito bem o profissional que vai te assessorar na caminhada do divórcio para que esses comportamentos não se perpetuem, para que vocês sejam devidamente orientados e ajudados.


Talvez hoje você precise sim voltar algumas casas, ter uma vida mais simples, para depois tomar impulso e retornar aonde estava, sem força, mas com esforço e esforço precisa de tempo.


E eu sei que ninguém quer se sentir falhando com os que ama, mas ressignifique isso, porque não é falha, é uma atualização de realidade, uma remodelação e que pode mudar mais uma vez e assim em diante. 


É importante você entender que a família é sua, os filhos são seus, as regras são suas, só que a lei e a sociedade em que você se insere espera que cumpra com as suas obrigações direitinho e uma delas é o dever de alimentar.


O dever de alimentar os seus filhos, de dar a eles todo o necessário ao desenvolvimento psico-emocional e físico é seu, porque seres humanos precisam de segurança para se desenvolverem e manter as aparências não está na lista básica.


Por essas três identificações que fizemos agora, espero que reflita, que se eduque quanto as suas próprias possibilidades, sobre o legado que quer ensinar a seus filhos, porque ninguém quer se sentir indesejado, rejeitado e no meio dessas discussões entre os casais quem recebe o resultado com frequência são os filhos.


Esse post é um convite a você que quer fazer diferente, que quer reestruturar a sua família baseando-se em novas propostas, está disposta a desenvolver novas habilidades para promover o melhor para sua família e para sua vida.


Ao longo de um processo de divórcio que envolve filhos, principalmente menores, é de suma importância que vocês não percam o que é realmente importante de vista: sua família.



 
 
 

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© 2024. Orgulhosamente criado

por Paixão Indalencio Advocacia. 

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