A maior ameaça ao Divórcio Barato
- Carla Paixão

- 31 de dez. de 2024
- 3 min de leitura
Hoje vou começar dizendo que gosto de conhecer os meus casos a fundo, faço isso para traçar a melhor estratégia, verificar perigos no fim do horizonte que sejam iminentes, corrigir rotas, apresentar soluções mais adequadas.
Dentro dessas avaliações está a financeira, a observação do estilo de vida da família, do patamar social alcançado e depois o principal: se essa família vai continuar com os mesmos acessos após ao divórcio.
E é aqui que o ponto fica sensível, quer ver?
Suponhamos que o casal somasse seus salários mensais para manter o padrão de vida doméstico-familiar, então a matemática é a seguinte: dois salários mantém uma casa e todas as despesas da economia doméstica daquela família.
Ocorre que existe uma diferença grande entre salários, por exemplo, a mulher faz R$ 30.000,00 no mês e o marido faz R$ 10.000,00, consegue claramente ver o desnível, certo?
Ok, neste ex. uma casa, um estilo de vida, um padrão social era garantido por R$ 40.000,00, considerando o casal junto, ainda casados.
Agora a questão é quando divorciar, pois cada salário mensal terá que bancar uma casa, ou seja, um salário vai corresponder a uma casa.
Considerando a diferença salarial, você concorda que vai acontecer uma queda no padrão social para o marido de modo mais forte?
Concorda que ele vai ter que remodelar seu estilo de vida e que significa dizer que ele vai ter que descer o padrão?
Digo isso, porque é óbvio que parece ser desconsiderado, o divórcio acaba com a conjugalidade e com o dever de assistência, em regra, significa dizer que se o marido não se ajustar à nova realidade, ele vai sofrer.
É uma consideração matemática simples, mas que parece que ninguém faz, é necessário ser realista com os fatos, um estilo de vida de acesso que R$ 40.000,00 proporciona, não é compatível com apenas uma fração de R$ 10.000,00.
Então, verificamos que um planejamento financeiro é uma boa orientação para ser feito por casais que pretendem se divorciar como um todo, mas se você não quer descer o padrão sugiro se planejar e muito.
Porque essa é só uma questão que emerge durante o divórcio e que os casais não estão alinhados com essa expectativa de um modo geral, isso pode até ser algo que você imagine, mas nada supera a experiência de viver o estresse de não ter se organizado economicamente para sua nova realidade.
É importante avaliar suas prioridades financeiras, se preparar com um fundo, principalmente casais que têm filhos, não é necessário que a realidade te tome feito um choque, basta que você se prepare para o óbvio.
Sem contar com o aspecto humano, a segurança financeira reduz o estresse e a ansiedade associados à incerteza econômica, afinal um planejamento financeiro adequado aumenta a autonomia e a confiança de todos os envolvidos.
Que esse post tenha servido de alerta e quem sabe até incentivo para desenvolver habilidades de gestão financeira, aprender sobre orçamento, investimentos e outros meios que possam contribuir para uma vida financeira mais saudável e independente.
É isso que potencializa o caráter barato do divórcio, porque onde há ausência de desconforto financeiro, existe um terreno mais fértil para negociações e flexibilidade para ajustes práticos que vão beneficiar a todos os envolvidos.
Isso é um baita otimizador de tempo, dinheiro e emoções, porque o divórcio não precisa ser regado a “tantas emoções” como a música do Roberto Carlos, é importante ter uma visão clara, simples e prática para justamente preservar as relações humanas e afetivas.
Divórcio não é um passeio no parque, já tem desgaste suficiente envolvido, precisamos manter um nível funcional de frieza com objetivo de ter acesso a alternativas saudáveis de soluções e para que assim seja, a escolha do profissional que te acompanha na jornada é um ativo ou um prejuízo.
Reforço a importância dessa escolha para o seu bem e para o bem da sua família, porque não é só um favorzinho, nem só uma assinatura, existe uma estrutura de trabalho e planejamento estratégico que você mesmo lendo esse post e todos os materiais jurídicos disponíveis online não será capaz de suportar a responsabilidade sozinha.
Divida tarefas, peça ajuda, confie em um profissional alinhado com o que acredita, isso existe, você não é mais um caso de “é assim mesmo”, combinado?
.png)
Comentários